A vida freelancer está longe de ser fácil como alguns pensam. Trabalhar “em casa”, “por conta própria” e “sem patrão” não é um sonho.
Além da própria pressão externa, vinda de parentes e amigos, o próprio freela, às vezes, se sabota e começa a desenvolver uma doença que nomeamos como “síndrome de CLT”.
Essa síndrome é causada por fatores externos e internos que levam o freelancer a ter atitudes de um CLT, como se ainda estivesse atrelado ao emprego formal, com patrão, carga horária fixa e etc.
Falamos um pouco mais sobre isso em nosso rangercast, mas abaixo vamos resumir os principais pontos da conversa, pra alertar e te livrar desse mal.
CLT é estabilidade… Ou não!
Alguns freelas ainda pensam que ter uma carteira assinada é sinônimo de estabilidade. Mesmo trabalhando por conta própria, ainda nutrem o sonho de uns carimbos na carteira de trabalho. Normal. Isso é fruto de anos de uma cultura que exaltava aqueles que trabalhavam “fichados” em grandes empresas e ficavam nelas por muitos anos até conseguir sua pequena aposentadoria.
Muitas vezes o freelancer nem é o culpado, mas, sim, seus familiares e amigos que vez ou outra mandam algumas frases clássicas: “você precisa de um emprego de carteira assinada” ou “por que você não faz um concurso?”.
Reza a lenda que a CLT traz estabilidade e garante vários direitos. É verdade, porém, um freelancer também pode contribuir para a previdência social e continuar tendo os direitos de um trabalhador comum.
E ainda que pareça ser mais estável, se você for um empregado de alguém, fica dependendo do dono deste negócio para continuar em seu emprego. E se ele resolver te mandar embora? Se gerir mal a empresa e ela falir? Não há garantias eternas e infalíveis.
Mas, pelo menos, como freelancer os resultados só dependem de você. Seu negócio só vai fracassar se você permitir. Pelo menos aqui temos uma boa vantagem, não é mesmo?
Respeitem o home office!
Outro traço da síndrome de CLT é quando o freelancer acaba aceitando a errada ideia imposta pela sociedade de que trabalhar em casa não é trabalho, que é fácil e que não cansa. A pressão é tanta pra quem trabalha em casa que o freela acaba cedendo e pensando em voltar pra vida de “carteira assinada”.
Pra vencer essa crise o profissional precisa mostrar que, apesar de trabalhar em casa, ele tem obrigações e responsabilidades e precisa ter regras e respeito. Quem trabalha em casa provavelmente passa muito mais tempo trabalhando do que quem é CLT, afinal, quanto mais produz, mais ganha. Enquanto o funcionário bate o cartão e se desliga do seu serviço.
Cabe, então, ao freelancer, entender suas particularidades, aceitar essa diferença e mostrar àqueles a sua volta que merece respeito!
O mundo mudou. As prioridades também.
A síndrome de CLT faz com que o freelancer se atenha ao passado, as ideias antigas dos seus pais e avós. Ele passa a ignorar a evolução que a sociedade vive e não entende que hoje os millennials, essa nova geração, não quer apenas acumular dinheiro e bens materiais, querem acumular experiências.
No passado os trabalhadores buscavam ficar em suas zonas de conforto, no mesmo emprego por muito tempo. Hoje os freelancers buscam sair da zona de conforto, inovar e empreender a todo momento. Isso choca aqueles que ainda não se acostumaram com os novos rumos que o mundo está tomando.
Hoje temos o empreendedor autodidata, que vai atrás daquilo que precisa e aprende o que não sabe. A informação está na palma da nossa mão. Não há mais desculpa para quem diz que “não sabe fazer algo”.
Como curar a Síndrome de CLT?
Se você é um freelancer que ainda se seduz pelos carimbos na carteira de trabalho, se não se dá bem com a ideia de trabalhar por conta própria, se precisa de alguém pra te dizer qual caminho seguir e se não consegue se virar sozinho, sair da zona de conforto e ser autodidata, então realmente você está sofrendo da Síndrome de CLT.
Para curar essa doença que aflige muitos freelancers, você deve se libertar das ideias do passado. Esqueça aquelas pessoas que dizem que o melhor caminho é “fazer um concurso”. Não se compare e não se importe com aquele seu primo que, segundo sua mãe, é concursado e está bem de vida. Siga firme no seu propósito e no seu negócio. Empreender não é fácil, mas vale a pena.
A chave para curar a síndrome de CLT é não ficar parado, é aprender a cada dia e não entrar numa zona de conforto. Por isso, leia, aprenda, ouça podcasts, veja vídeos, faça cursos, evolua a todo momento!
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